sexta-feira, 23 de abril de 2010

Amor, apaga a luz quando sair...


Ei, não sai sem me dar um beijo...

Você sabe que eu fico carente toda vez que está perto de você ir embora. Conversa um pouquinho mais comigo, senão nao vou conseguir dormir.

Te disse "eu te amo hoje", como quem passa... Foi engraçado, tipo menina que quer dizer à mãe que engravidou... Tipo, "mãe, hoje fui à padaria e encontrei a tia Maria, ela estava meio adoentada, estou grávida, mas acho que não era nada sério." Nao sei nem se você notou, ou se meio atordoado preferiu não notar. Não importa, eu não disse para ouvir resposta.

Sabe quando me perguntou se tenho ciúmes de você? Tenho, demais. Acho que quem ama, mesmo esse amor meio louco e carnal que eu tenho por você, tem ciúmes. E, na verdade, te acho meio bobo quando fala e deseja outras mulheres. Com um pouco mais de vivência que você, hoje eu sei que amar com amor não é algo rotineiro, é raro, precioso e, como tal, tem que ser preservado.

Não amor, não estou me queixando. Você me preserva, eu sei... Ou pelo menos gosta e pretende me manter por perto, mesmo eu sendo assim "maluquinha" como você diz... Mesmo eu me atirando na piscina vazia... Mesmo eu falando mal de você na frente dos demais, e na sua frente inclusive.

É defesa amor, preciso me defender de você, do arrebato que sua presença me provoca. Mas quando estamos sós eu baixo a guarda, fico bem mulherzinha, daquele jeito... Para!!! Você sabe de que jeito... Do jeito que você gosta.

Vai começar de novo? Você não cansa amor... Eu gosto assim... Isso... Me beija...

(...)

Soninho agora... Amor, apaga a luz quando sair? Te amo, vai com cuidado.


quarta-feira, 21 de abril de 2010

Música de Hoje: I will survive (Glória Gaynor)

At first, I was afraid, I was petrified.
Kept thinkin' I could never live
Without you by my side,
But then I spent so many nights
Thinkin' how you did me wrong.
And I grew strong
And I learned how to get along.

And so you're back from outer space.
I just walked in to find you here
With that sad look upon your face.
I should've changed that stupid lock,
I should've made you leave your key,
If I had known, for just one second,
You’d be back to bother me.

Well, now go! Walk out the door!
Just turn around now,
'Cause you're not welcome anymore!
Weren't you the one
Who tried to hurt me with goodbye?
Did you think I'd crumble?
Did you think I'd lay down and die?

Oh no, not I! I will survive!
Oh, as long as I know how to love,
I know I'll stay alive!
I've got all my life to live.
I've got all my love to give.
And I’ll survive! I will survive!
Hey, Hey!

It took all the strength I had
Not to fall apart
And trying hard to mend the pieces
Of my broken heart.

And I spent, oh, so many nights
Just feeling sorry for myself.
I used to cry,
But now I hold my head up high!

And you'll see me, somebody new,
I’m not that chained up little person
Still in love with you.

And so you felt like droppin' in
And just expect me to be free,
But now I'm savin' all my lovin'
For someone who's lovin' me!

Go now! Go! Walk out the door!
Just turn around now!
'Cause you're not welcome anymore!
Weren't you the one
Who tried to break me with goodbye?
Did you think I'd crumble?
Did you think I'd lay down and die?

Oh no, not I! I will survive!
Oh, as long as I know how to love
I know I'll stay alive!
I've got all my life to live.
I've got all my love to give.
And I'll survive. I will survive! Oohh..

Go now! Go! Walk out the door!
Just turn around now!
'Cause you're not welcome anymore!
Weren't you the one
Who tried to break me with goodbye?
Did you think I'd crumble?
Did you think I'd lay down and die?

Oh no, not I! I will survive!
Oh, as long as I know how to love
I know I'll stay alive!
And I've got all my life to live.
And I've got all my love to give.
And I'll survive. I will survive! I will survive!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Em pedaços...


Nao iria postar hoje. Seria só a música. Mas a finalidade desse blog sempre foi a de tirar as coisas de dentro da minha alma e colocar em algum lugar onde nao me sufocassem.

Aqui minhas alegrias, tristezas, angustias, minha solidão, tudo se transforma em apenas palavras.

Estou descrente hoje.

Nao consigo entender o porque algumas pessoas agem de forma tao irresponsável com o sentimento das outras. Eu acho que já disse aqui que sou do tipo que se joga de cabeça. Quando me dou a alguem entrego o coração em uma bandeja. E é tao raro que alguem disponibilize o coração assim... E tem gente que nao sabe o que fazer diante disso... Corta em pedacinhos o coração disponibilizado e come. E depois esquece até mesmo que sabor tinha aquela emoção em pedacinhos.

Sinto aquele cansaço de alma outra vez. Vontade de parar a vida para descansar um pouco. Eu sinto demais, sentir cansa, sentir é pesado... É rock'n roll puro.

Ainda tenho mais coração pra dar? Queria nao ter. Viver friamente para as coisas práticas. Mas, infelizmente - ou felizmente -, sou do tipo coração infinito para toda vida. Coração da cabeça aos pés, por assim dizer.

Espero encontrar ainda aquele que, vendo o coração ali, batendo forte e apetitoso na bandeja, nao pense em estilhaça-lo em pedacinhos e comê-lo. Que ignore a gula e enxergue alí o amor, e isso nele gere amor também.

Sou uma romântica. E estou numa TPM que me deixa dramática.

Me perdoem se carreguei nos tons de vermelho, era a cor que eu tinha para hoje.

Música de Hoje: Beijo Partido (Toninho Horta)

Sabe, eu não faço fé nessa minha loucura
E digo eu não gosto de quem me arruína em pedaços
E Deus é quem sabe de ti
E eu não mereço um beijo partido
Hoje não passa de um dia perdido no tempo
E fico longe de tudo o que sei
Não se fala mais nisso
Eu sei, eu serei pra você o que não me importa saber
Hoje não passo de um vaso quebrado no peito
E grito olha o beijo partido
Onde estará a rainha
Que a lucidez escondeu, escondeu..

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Nina Simone Don't Explain

Era 21 de abril e chovia...

Nao deveria... Mas nesse início de madrugada sinto uma falta imensa do que você um dia foi pra mim... Você nunca gostou das músicas que eu ouvia, mas gostaria de colocar para você ouvir agora Don´t explain, de Billie Holliday. Certamente você nada entenderia... Mas me dói tao fundo, que se você pudesse, por um só minuto, me olhar nos olhos, entenderia. Entenderia que a perda do que um dia existiu em nós é irrecuperável. Nao te quero de volta, nem quero explicações que um dia me foram fundamentais e que hoje nao me ajudam em nada... Só queria poder sentir outra vez. Talvez um dia, essa dor dê lugar outra vez ao amor. Mas, por hora, don´t explain, don´t you know, you´re my joy and my pain, my life is yours love... Don´t explain.


terça-feira, 13 de abril de 2010

Procura-se um amor para sempre.


Estava conversando com uma amiga sobre o homem que quero pra mim hoje. Ela me disse algo interessante: você nao quer um homem, quer um mutante! Rimos muito disso mas, em realidade, todas buscamos nos homens coisas sabidamente impossíveis de conciliar.

Gostaria, por exemplo, que o meu homem esperado tivesse o corpo jovem de 25 anos e a cabeça e espírito de um de 40. Tenho tido dificuldade em relacionamentos com homens de idade muito diferente da minha. Os mais novos trazem consigo a disposiçao, o corpo firme, a alegria do compromisso com a vida... Mas trazem também a imaturidade emocional, a incapacidade de envolvimento real, aquela irritante presunçao de se acharem donos da verdade, do mundo e dos próprios sentimentos, aquela gula por tudo e por todas. Me cansam, irritam e mantem num estado de ansiedade indesejável e que, aliás, engorda.

Os mais velhos trazem a vantajosa experiência, já admiram a mulher como algo especial em suas vidas, entretanto, trazem também a diminuiçao do vigor físico e, pra falar bem a verdade, muitos deles, mantêm a histórica gula por tudo e por todas.

Meu homem desejado adora música, lê muito, escreve corretamente. Adora viajar.Gosta de praia, de criança. Fala baixo e mesmo assim sabe ser incisivo. É forte, corajoso. E nao faz sempre, mas sempre que pode me abre a porta do carro, carrega minhas sacolas, me da passagem. Que se dane o feminismo e viva às diferenças entre homens e mulheres. Quero mesmo é um cavalheiro.

Ele se excita ouvindo Stripped, do Depeche Mode. Sim, ele sabe o que é Depeche Mode. Ele sabe que quando ponho pra tocar quero seduzi-lo.

Gosta de futebol só na Copa do Mundo. Jamais me deixaria sozinha às quartas, sábados e domingos.

O homem que eu quero, meu homem desejado, já viveu muito e já nao tem necessidade de sair experimentando todas as mulheres. Entende que se fez a escolha de estar com uma só mulher é porque ela é importante suficiente para que ele abdique das demais.

É verdade Deni, o homem dos meus sonhos é um mutante. Mas que fazer? Preciso sonhar, ainda que seja esse sonho de ficção científica.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Música de Hoje: Futuros Amantes - Chico Buarque de Holanda

Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar

E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos


Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização


Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você

Futuros Amantes - Recordações de 01.04.96


Escrevi esse texto em 01.04.1996. Era uma redação para o cursinho pré-vestibular. Minha mãe guardou com carinho e passo agora do papel amarelado para esse louco mundo digital. Suprimi um parágrafo que me pareceu deveras piegas com os olhos de hoje. Mas de resto é a essência e o estilo. Prefiro o que escrevo hoje. Submeto a vocês.

Futuros Amantes

Ele é em minha vida a personificação das coisas perfeitas. É o calor do desejo, é a paz do amor sereno, é a voz que mais gosto de ouvir, é o toque que meu corpo agradece. Este homem vem ao meu encontro quando quero, em prosa, em verso, em canção. É por ele que meu sangue ferve nas veias e o meu corpo estremece.

Meu amor não se contenta com o amor que lhe dou, o acha cotidiano demais. Diverte-se entre Lígias, Bárbaras, Luízas, Angélicas , Marietas, Joanas Francesas e Anas de Amsterdã. E o mais incrível é que gosto de ouví-lo falar de todas elas. E fico em silêncio, e sinto que morro, e sinto novamente que vivo. Sei que, quando vem a mim, é só meu, vagabundo, malandro, mas só meu.

Neste momento, ele está junto a mim, sinto seu corpo, toco seu rosto, sua boca. Ele sorri. O brilho daqueles olhos vem me matar de amor. Peço a ele que me abrace, e, numa pureza de contos de fadas, nos amamos com a intensidade de dois amantes que há muito não se viam e que desatinaram com a distância.

(...)

Já vivemos muitas coisas juntos, e a cada dia mais me convenço da sua imortalidade. Presente em todos os meus momentos, Francisco Buarque de Holanda sempre será o meu eterno amante. Nego ser sua fã, sou uma amante; não o idolatro, o amo. Sou alguém que, mesmo invisível, o acompanhará até o fim. E fim é uma palavra estranha aos imortais.