quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Pensamentos a 120 km por hora...


Vou tirar você de mim.

Você que é quem faz do meu sorriso meio sorriso, um sorriso de Monalisa. E eu nunca fui meio sorriso, sou de sorriso inteiro, franco.

O azul que parecia vir de você nunca foi azul. É cor de chumbo, cor de prenúncio de tempestade, de temporal que vem para inundar a cidade e me faz sombra.

Eu sou luz, clareza de sentimentos. Tudo em você é obscuridade, escuridao que me impede de enxergar, que me impede de me ver.

Agora nao mais. Sempre sei o que nao quero. E nao quero você com um nao querer tao forte, tao violento, que é quase um amor a mim.

Hoje dirigindo na noite da cidade vazia a cem, cento e vinte, pensei o quanto é bom ser livre de você. O quanto é bom ser livre para nao fazer o que eu nao quero. Para nao aceitar você na minha vida. Para nao mergulhar neste azul de engano.

E há tanta luz por aí. Mesmo na noite escura, na cidade vazia, na pista livre como eu... Há tanta luz... Como diria a cançao - sempre a cançao, nao vivo sem música, essa sim tem o direito de ser indispensável - há tantas pessoas especiais...

Lembrei que uma amiga bem mais jovem que eu me disse que lê sempre o que escrevo e que ela e outra amiga se vêem muito no que escrevo. Leiam isso amigas: sejam livres para nao querer.

Um comentário:

  1. Escolhi para ilustrar post essa imagem de uma pintura de Chagall, que é parte do todo do teto da Ópera de Paris. Me lembrou um bom período da minha vida. Pisar meus pés na cidade do amor.

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