domingo, 13 de junho de 2010

Crônica de Um dia dos Namorados

Esse dia dos namorados que, graças a Deus, acaba de terminar trouxe consigo, para mim, algumas liçoes importantes.

Fazia já algum tempo em que nesta data eu não me encontrava sozinha assim como estou, absolutamente sozinha, sem nem um numerozinho de celular na agenda para quem mandar um SMS na madrugada depois de umas taças de vinho (quem nunca fez isso que atire o primeiro comentário). Aliás, falando nisso, um amigo espirituoso disse uma vez que celular deveria ter bafômetro, detectada a bebedeira, ele apagaria de imediato, nos impedindo de dizer ou escrever o que nao diríamos ou escreveríamos se estivéssemos sóbrios.

Bom, nesse momento de ausência de paixão, uni-me a uma amiga querida, na mesma situação que eu, e saímos pela cidade. Confesso que pensei que seria pior. Ao final, ouvimos boa música, rimos como sempre rimos juntas e eu, pessoalmente, cheguei às seguintes resoluções de dia dos namorados que, certamente, me servirão para os próximos:

1. Não me deixar enganar pelo primeiro mar de rosas de floricultura virtual que me oferecem;

2. Que embora queira muito estar com alguém, me sinto bem sozinha, ou melhor, acompanhada de pessoas que têm genuino interesse por quem sou: meus amigos, minha família;

3. Que não posso deixar de acreditar no amor verdadeiro, embora veja tanta falsidade a meu redor. Não posso por incompetência mesmo, não consigo deixar de acreditar;

4. Que estar acompanhado nem sempre significa estar feliz, que algumas pessoas apenas se acostumam e, acostumar-se, nao é para mim.

O problema é esse vício em paixao. Nao tenho formas para lutar contra ele. Tenho que então aprender a conviver com a dor que freqüentemente o acompanha.

Eu quero um amor de verdade, com pés no chao, raizes fincadas. Estou cansada de voar. Desiludir-se nao é ruim, é sair de uma ilusão. A ilusão sim, é nefasta e indesejada.

Mas ilusão é diferente de acreditar. E eu acredito. Ano que vem me comprometo a contar aqui se segui minhas resoluções. Tentarei.



4 comentários:

  1. Gosto da terceira lição. Creio que a incopetencia é genética, eu sou do time das que não conseguem não acreditar, minha prima. Das que se apaixonam o tempo todo, todos os dias, nem sempre pela mesma pessoa (fazer o que?) e pagam pra ver o invisível - não chega a ser uma pena. Eu continuarei no time das que não riem de um grande amor.

    Enfim, eu adoro esse blog :)

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  2. Lembro-me de muitos carnavais atrás... em que éramos nós, amigos, e um litro de "Bala 30"... sempre bom o dia dos namorados com amigos. Bj.

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  3. Ohhh Rai, obrigada! Venha mais, venha sempre! Você tem um blog também nao é? Qual o endereço?
    A deficiência nesse caso é congênita... Mas acreditar para mim é meio de sobrevivência. De que adianta viver sem paixão?

    E Quinha, claro que me lembro! Como se fosse hoje! Eu, você e Marquinhos e nosso dia dos namorados regado a Bala 30 dos seus 15 anos rsrsrs! Beijos!

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  4. APRENDI ALGO....na vida..muitas veces pensamos em estar acompanhado...mais sera esa persoa a verdadeira..?? eu hacho que tambem nos damos o luxo de chutar em las persoas erradas...que procuran beijos dengos...o uma palavra....e vc sabe de eso.....eu ainda espero sua palavra...ainda sou ese anonimo...da cual espera......nunca esqueça que la felicidad pode estar na volta da sua casa...o el amor....vai pensando...beijos e tenha um lindo dia...merece de amor...pero em paz....bjs AMI

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