Fiquei pensando em como escrever sobre isso sem que parecesse uma declaração de amor. Não se trata disso, embora não deixe de sê-lo.
Daí lembrei de Chico Buarque de Holanda, minha paixão de adolescência que me seduz até hoje. Quando fazia cursinho pre vestibular fui instada por meu professor Israel a fazer uma redação cujo tema era uma declaração de amor.
Assim como hoje, naquela época, eu nao tinha um amor real (existe isso mesmo de amor real? - os meus parecem sempre surreais!) e a minha declaração de amor foi a Chico Buarque. Ainda vou postar aqui a dita redação, minha mãe, coruja como até hoje, guardou cópia do módulo onde saiu publicada, eleita como a melhor da turma!
Veio à minha cabeça então a música "O Meu Amor", que data do ano em que nasci, e me parece tão atual quanto a noite passada.
Conjunção carnal, me perdoem o termo "jurídico". É feio, mas adequado ao que quero dizer. Ainda que nao haja amor, esse momento em que se encontram os corpos dos amantes, o momento da conjunção carnal, é sempre carregado de uma energia de comunhão. Ao menos para mim é.
O homem da música "O Meu Amor" bem poderia ser ele, o que depois brinca comigo ri do meu umbigo e me crava os dentes. O homem que me beija com calma e fundo até minha alma se sentir beijada, rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos com tantos segredos lindos e indecentes.
O amor da música "O Meu Amor" é carnal, como o dele. E aquele momento, de pousar as coxas entre as minhas coxas quando ele se deita, é tao intenso, tao bonito, que nao pode ser chamado de outra coisa que nao amor.
Permito, por amor, que desfrute do meu corpo como se meu corpo fosse a sua casa.
E é só isso. E é tudo isso. Não há futuro. Não há promessas. Mas não se pode dizer que não haja amor. Me recuso a pensar que o amor, um sentimento tão amplo, se revista apenas de uma única forma, a forma mais convencional.
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz. E é só isso, e é tudo isso.
Lindo Kari!!! Descrição perfeita! Afinal, o amor se apresenta de tantas formas...
ResponderExcluirObrigada amiga! Já sentia falta de suas visitas!
ResponderExcluirNão posso dizer que concordo, mas acho bonito a forma com vc enxerga as coisas... pra mim, "amor é latifúndio, sexo é invasão", mas nunca fui romântica! rsss, bjs. Érica.
ResponderExcluirQuinha,
ResponderExcluirVocê sabe que sou uma romântica incorrigível! É amor, sempre é :)
Beijos!
hum... sei.
ResponderExcluir:-)
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